sábado, 11 de abril de 2009

Gran Torino *****

O mais recente filme de um dos melhores realizadores da actualidade - Clint Eastwood.

Este é mais um filme sobre redenção em que Walt Kowalski - o personagem principal, que tinha feito a guerra da coreia -, se apresenta como uma espécie de anti-dirty harry.

Apesar de Walt Kowalski não confessar os seus "pecados de guerra" ao padre (talvez porque, como ele próprio diz, o que persegue um homem é aquilo que não o mandaram fazer) Walt encontra no seu jovem vizinho uma oportunidade de se redimir das vidas que tirou.

Este filme parece-me um passo mais no caminho do cinema de redenção que Unforgiven já trilhava. Mas, acima de tudo, é interessante comparar este filme com um outro western de Clint Eastwood - Pale Rider (e com um seu antecessor Shane). Em Pale Rider um antigo pistoleiro, convertido a padre, vê-se "obrigado" a regressar às armas para ajudar um grupo de mineiros, terminando como o Gran Torino com um tiroteio. O final de Gran Torino parece-me ter sido ajustado a este periodo pós-Bush, em que nem tudo se resolve pela força.

Parece-me tembém interessante destacar a forma como Clint Eastwood trata a questão da xenofobia. Quando confrontado com o lado humano das pessoas, Walt deixa cair os esteriótipos sem, no entanto, se sentir obrigado ao, tipicamente americano, politicamente correcto.

Sem, na minha opinião, estar ao nível de Million Dollar Baby ou Mystic River , Gran Torino é um grande filme.

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