
sexta-feira, 30 de setembro de 2005
Garden State
O filme "Garden State" é a prova que para fazer bom cinema basta talento e película. Deu-me imenso gosto ver este filme, escrito dirigido e protagonizado por Zach Braff (da série "Scrubs"), sem efeitos especiais e sem grandes nomes do cinema mas muito bem realizado, muito bem filmado, e com uma banda sonora optima. Quanto ao resto, têm de ver o filme.


terça-feira, 10 de maio de 2005
Angels In America (II)

Quem nunca viu a série é favor ir já ver que eu tenho uma qestão para pôr:
Porque é que o Joe Pitt (o mormon) é o único que não tem direito a redenção no fim?
O que terá levado o Tony Kushner (o argumentista) a fazer desaparecer Joe Pitt não o incluindo na cena final? Até o Roy Cohn teve direito ao perdão. Será que os pecados de Joe são maiores ou ele será apenas um personagem enzima (serve apenas para gerar reacções entre os outros personagens mas o autor não o leva a sério)?
domingo, 8 de maio de 2005
Angels In America

Vi em tempos na televisão o final do 5º (de 6) episódio da série Angels in América. Adorei o que vi e quando encontrei a série à venda comprei e vi. Passei os primeiro 4 episódios a tentar perceber porque tinha gostado tanto do excerto que tinha visto. Estava até um pouco desiludido. Vi hoje os episódios 5 e 6 e perdi todas as dúvidas - a série é excepcional.
A quem interessar Angels in America está disponível para aluguer (pelo menos no Blockbuster).
Deixo um excerto do final que eu tinha visto. Para quem nunca viu a série Roy está a morrer de SIDA e tem alucinações e Belize é o enfermeiro que lhe dá apoio durante a noite.
Roy Cohn: [under the impression that Belize is the Angel of Death] Let me ask you something, sir.
Belize: [going along with it] "Sir"?
Roy Cohn: What's it like? After?
Belize: After...?
Roy Cohn: This misery ends?
Belize: Hell or heaven?
[Roy indicates "Heaven" through a glance]
Belize: Like San Francisco.
Roy Cohn: A city. Good. I was worried... it'd be a garden. I hate that shit.
Belize: Mmmm. Big city. Overgrown with weeds, but flowering weeds. On every corner a wrecking crew and something new and crooked going up catty corner to that. Windows missing in every edifice like broken teeth, fierce gusts of gritty wind, and a gray high sky full of ravens.
Roy Cohn: Isaiah.
Belize: Prophet birds, Roy. Piles of trash, but lapidary like rubies and obsidian, and diamond-colored cowspit streamers in the wind. And voting booths.
Roy Cohn: And a dragon atop a golden horde.
Belize: And everyone in Balencia gowns with red corsages, and big dance palaces full of music and lights and racial impurity and gender confusion. And all the deities are creole, mulatto, brown as the mouths of rivers. Race, taste and history finally overcome. And you ain't there.
Roy Cohn: And Heaven?
Belize: That was Heaven, Roy.
Roy: The fuck it was.
segunda-feira, 11 de abril de 2005
Feiticeiro de Oz segundo Lynch

Revisitei este fim de semana um dos meus filmes favoritos, um Lynch que não precisa de manual de instruções. Aqui fica a referência...
... e aqui ficam duas amostras dos dialogos:
Lula (Laura Dern): [dirigindo-se ao Sailor] Uh oh. Baby, you'd better get me back to that hotel. You got me hotter than Georgia asphalt.
---
Sailor (Nicolas Cage): [dirigindo-se a Lula] The way your head works is God's own private mystery.
---
terça-feira, 29 de março de 2005
I'm Just an Ordinary Guy Who Has Nothing Left to Lose
Revi ontem o "American Beauty". O filme dá muito que pensar e os diálogos são uma delícia. Quem nunca viu largue tudo e corra para o clube de vídeo, para quem já viu aqui ficam transcrições de umas passagens:
[Brad Dupree foi contratado paar proceder ao downsizing da empresa onde Lester Burnham trabalha. Brad pediu a Lester que fizesse uma descrição das suas funções por forma a ser avaliado. Brad chama Lester e lê a descrição de funções]
Brad: "My job consists of basically masking my contempt for the assholes in charge, and, at least once a day, retiring to the men's room so I can jerk off while I fantasize about a life that doesn't so closely resemble Hell." Well, you have absolutely no interest in saving yourself.
Lester: Brad, for 14 years I've been a whore for the advertising industry. The only way I could save myself now is if I start firebombing.
[Lester negoceia a indeminização para sair ameaçando contar o que sabe irregularidades que conhece. Mesmo assim Brad não parece muito convencido]
Lester: Then I guess I'll have to throw in a sexual harassment charge.
Brad: Against who?
Lester: Against YOU. Can you prove that you didn't offer to save my job if I let you blow me?
Brad: Man, you are one twisted fuck.
Lester: No, Brad; I'm just an ordinary guy who has nothing left to lose.
[Lester depara-se com uma oferta de emprego na amburgaria Mr. Smiley's onde se candidata a um emprego a grelhar amburguers]
Mr. Smiley's Manager: I don't think you'd fit in here.
Lester: I have fast food experience.
Mr. Smiley's Manager: Yeah, like twenty years ago!
Lester: Well, I'm sure there have been amazing technological advances in the industry, but surely you must have some sort of training program. It seems unfair to presume I won't be able to learn.

Smile, your're at Mr.Smiley's
[Brad Dupree foi contratado paar proceder ao downsizing da empresa onde Lester Burnham trabalha. Brad pediu a Lester que fizesse uma descrição das suas funções por forma a ser avaliado. Brad chama Lester e lê a descrição de funções]
Brad: "My job consists of basically masking my contempt for the assholes in charge, and, at least once a day, retiring to the men's room so I can jerk off while I fantasize about a life that doesn't so closely resemble Hell." Well, you have absolutely no interest in saving yourself.
Lester: Brad, for 14 years I've been a whore for the advertising industry. The only way I could save myself now is if I start firebombing.
[Lester negoceia a indeminização para sair ameaçando contar o que sabe irregularidades que conhece. Mesmo assim Brad não parece muito convencido]
Lester: Then I guess I'll have to throw in a sexual harassment charge.
Brad: Against who?
Lester: Against YOU. Can you prove that you didn't offer to save my job if I let you blow me?
Brad: Man, you are one twisted fuck.
Lester: No, Brad; I'm just an ordinary guy who has nothing left to lose.
[Lester depara-se com uma oferta de emprego na amburgaria Mr. Smiley's onde se candidata a um emprego a grelhar amburguers]
Mr. Smiley's Manager: I don't think you'd fit in here.
Lester: I have fast food experience.
Mr. Smiley's Manager: Yeah, like twenty years ago!
Lester: Well, I'm sure there have been amazing technological advances in the industry, but surely you must have some sort of training program. It seems unfair to presume I won't be able to learn.

Smile, your're at Mr.Smiley's
sábado, 26 de março de 2005
The Life Aquatic with Steve Zissou

Depois de ter gostado imenso do "The Royal Tenenbaums" fui ver o último filme de Wes Anderson: "The Life Aquatic with Steve Zissou". Uma brincadeira à volta dos documentários de Jacques Cousteau.
Trata-se um filme para quem goste de filmes bem dispostos, com um elenco fantástico, em que todos parecem estar a trabalhar por gosto e em que quase conseguimos intuir as gargalhadas que devem ter sido dadas durante a rodagem.
O elenco inclui Bill Murray (que apesar de recuperado em "Lost in Translation" e de já vir a fazer papeis interessantes - incluindo a participação em "The Royal Tenenbaums" - continua a ser visto como "aquele gajo do Ghostbusters"), Cate Blanchett, Anjelica Huston, Willem Dafoe e Jeff Goldblum. Todos fantásticos. Inclui ainda um actor/cantor brazileiro "Seu Jorge" que, com a sua viola, vai cantando, à laia de banda sonora, temas de David Bowie adaptados para português.
Em termos de estética este "Life Aquatic..." é um achado, inclui um cenário tipo "casa de bonecas" em formato de barco que permite cenas hilariantes e as cenas subaquáticas acrescentadas por animação estão mais próximas de um "screen saver" do que de um documentário de Cousteau.
Este tipo de cenário "fantasioso", que podemos encontrar por exemplo em filmes de Jean Jeunet ou de Tim Bourton, por oposição ao pseudo-hiper-realismo do cinema de Hollywood (em que quando dois carros colidem a explosão é tecnicamente perfeita mas todos sabemos que se os carros explodissem sempre que colidem já não teríamos carros em Portugal) enche-me as medidas.
Um aviso: tenho lido muitas críticas más a este filme que, é fácil perceber porquê, não é para toda a gente. Eu gostei muito.
sábado, 5 de março de 2005
Million Dollar Baby ( ***** )
Ontem fui ver o "Million Dollar Baby" do Clint Eastwood. Quem me conhece diz que eu não gosto de nenhum filme e que sou muit crítico. Bem, gostei deste.
Melhor filme? Não sei não os vi todos (para dizer a verdade tenho visto poucos) mas que é muito bom é.
Melhor realizador? É capaz. Gostei muito da forma como todo o filme é contado e filmado, mas principalmente da direcção de actores. As representações são muito contidas e quem já viu o filme sabe que têm terreno para descambar no drama e na "lamecheira".
O Clint Eastwood tornou-se um daqueles realizadores que são selo de qualidade.
Melhor actriz? A Hilary Swank está muito bem. Tinha gostado muito dela no "Boys don't cry" e voltei a gostar muito. Mas não enche o ecrã como o Sean Penn o tinha feito no "Mystic River" e na minha opinião está uns furos abaixo do Morgan Freeman.
Melhor Actor Secundário? Bem capaz. Este homem não sabe representar mal e fez mais uma vez um papel excelente. Ele faz parte daquele conjunto de actores que tem vindo a ficar cada melhor com a idade, entre eles o próprio Clint Eastwood, Sean Conery, Donald Sutherland, Michael Caine, Robert Duvall.
Ultimamente tenho visto filmes, ontem vi cinema!
Melhor filme? Não sei não os vi todos (para dizer a verdade tenho visto poucos) mas que é muito bom é.
Melhor realizador? É capaz. Gostei muito da forma como todo o filme é contado e filmado, mas principalmente da direcção de actores. As representações são muito contidas e quem já viu o filme sabe que têm terreno para descambar no drama e na "lamecheira".
O Clint Eastwood tornou-se um daqueles realizadores que são selo de qualidade.
Melhor actriz? A Hilary Swank está muito bem. Tinha gostado muito dela no "Boys don't cry" e voltei a gostar muito. Mas não enche o ecrã como o Sean Penn o tinha feito no "Mystic River" e na minha opinião está uns furos abaixo do Morgan Freeman.
Melhor Actor Secundário? Bem capaz. Este homem não sabe representar mal e fez mais uma vez um papel excelente. Ele faz parte daquele conjunto de actores que tem vindo a ficar cada melhor com a idade, entre eles o próprio Clint Eastwood, Sean Conery, Donald Sutherland, Michael Caine, Robert Duvall.
Ultimamente tenho visto filmes, ontem vi cinema!
Subscrever:
Mensagens (Atom)